quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

proponho um tango
para curar todas as feridas,
as arestas
e a ressaca.
ah, se tu soubesses.
o caminho é extremamente longo
e o meu coração
fraco demais.

domingo, 25 de janeiro de 2009

e do lado de lá, em pé no canto do pequeno bar, rodeado de garotas, segurando em uma das mãos seu copo cheio e com outra regendo mentalmente a melodia da eufórica banda local, ele gritou em plenos pulmões, dizendo para todos dançarem até não aguentarem mais, cantarem até que os mortos ouvissem e bebessem à memória de todos os quais a cirrose, a pirataria e as doenças tropicais já tivessem levado dessa vida.




e assim a noite ia sendo consumida, nem tão silenciosamente, até o amanhecer.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

fez uma canastra real, quando todos, na verdade, duvidam que ele poderia sair vivo daquela mesa.
o jornal daquele domingo trazia como manchete a chegada da maior tempestade já vista em todo o méxico desde 1919. dona constanza, sozinha em sua casa à tarde, e com seus 87 anos de vida, duvidou da notícia e mandou uma carta para sra. nunez, dona hortência e sra. domingues confirmando a partida de buraco para segunda-feira às 19h.

sábado, 10 de janeiro de 2009

o verão daquele ano era um dos mais quentes de todos os tempos no méxico. no interior do país, numa pequena cidade que cresceu à beira da estrada, em um pequeno bar pouco iluminado, eles dançaram twist até às 4h da manhã enquanto bebiam tequila com os habitantes locais e comentavam sobre o calor de 37 graus e qual o melhor caminho de carro para tuxtla gutierrez.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

colocou os pés na areia daquela praia semi-deserta, escolheu uma espreguiçadeira debaixo da sombra de uma árvore gigantesca, pegou um suco, colocou os óculos de sol e ficou lá, estendido, com preguiça, feito um catdog.

ah, e as idéias iam e vinham no mesmo ritmo de outrora, ele não parava de pensar em seus planos, mas achou que a pausa era necessária, precisava dar uma olhada nas nuvens...