terça-feira, 30 de setembro de 2008

mal virei a esquina e de longe avistei carlos. estava sentando na mesma mesa, no mesmo bar, no mesmo horário de sempre. ele não viu, mas mesmo assim resolvi ir até lá.

'e o velho hábito continua' disse ao me aproximar
'chico, meu velho!' abriu um grande sorriso, mas não disfarçava sua preocupação

nos abraçamos como velhos amigos, demos tapinhas nas costas e puxei uma cadeira. conversamos espontaneamente enquanto bebíamos uma cerveja gelada e refrescante (um final de tarde nas ruas do méxico pode ser mais quente que copacabana no verão). falamos sobre a vida e sobre amores. sobre meus amores. sobre meus amores que se tornaram seus amores. conversamos sobre seu amores, tão meus, e sobre meus temores. (mal podia prever, prefiro assim acreditar, que em breve, estaria eu atirando em seu coração com meu orgulho ferido e dilacerante enquanto ele suplicava por uma última explicação).

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