sábado, 16 de maio de 2009

assim que entrou no bar, uma confusão mental se instalou.

do lado esquerdo do palco, tocando um acordeon, estava krazinsk, seu amigo húngaro que não via desde os tempos quando ainda perambulava pelas agitadas ruas de nova iorque.

não fosse isso o bastante, krazinsk estava integrado de uma forma quase cósmica com a excêntrica cantora nacional, mercedes dolores e sua gigantesca banda de incontáveis membros, 'el zocalo rojo', que rasgavam melodias para sua alma aventureira.

todo o bar estava imerso em um êxtase coletivo contagiante que o fez entrar no clima da festa e se inserir numa animada roda de dança composta por estranhos burgueses muito bem vestidos que ofereciam doses e mais doses de tequila ao mesmo tempo em que riam de tudo aquilo.

'pero, yo no...'

por mais esforço que fizesse não o escutavam. foi quando se entregou de vez e foi amanhecer com o sol queimando seu rosto em plena sala de estar da casa de rosa sanchez, que, sentada em seu sofá e fumando seu cigarro matinal, aguardava ansiosamente as explicações para a presença de 3 garotas da nicarágua que tomavam café da manhã em sua cozinha, mercedes dolores dormindo em sua banheira e o grande cavalo preto que estava em seu jardim.

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